Lágrimas em chuva
Um olhar que se perde no infinito,
Fixo num ponto sem nexo e sem luz
É como a razão do ser em conflito,
Vazio sem fim que não se traduz.
Esse olhar que busca o que não foi dito,
Ou perplexo ante a voz que seduz,
Tal miragem de um idílio bonito,
Que a saudade às lágrimas conduz.
Vê as nuvens que pranteiam no céu,
São as lágrimas em chuva, tal véu
Que denuncia a total solidão.
Onde os amigos, os colegas, os amores?
Agora ficaram somente as dores
Que cortam, massacram o coração.
Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 28/02/2008
Alterado em 28/02/2008
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