A pequena colmeia
As pequenas abelhas, lá no alto,
Na caixa pendurada em um galho,
Faziam lentamente o seu trabalho
Bastante devagar – aqui ressalto.
Em seu calmo vaivém, sem sobressalto,
Elas buscavam pólen no ramalho
De alça-peixe, na rua de cascalho,
Ainda sem passeio e sem asfalto.
Aberta a caixa, sob o azul do céu,
Meu pai pegava os favos de mel
E espremia em um frasco. E eu ali
A esperar a cheirosa e preta cera
– Que seria a minha brincadeira:
A cera da abelha jataí.
Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 23/03/2016
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