A Força do Pensamento
A humanidade vive hoje em um mundo agitado, em meio a desesperanças, angústias e falta de perspectivas. Concomitantemente, surgem nas prateleiras das livrarias livros e mais livros de autoajuda, dos quais a maioria poderia ser jogada fora, haja vista que por trás encontram-se oportunistas, autores importados, modismos, aproveitadores que se enriquecem com a fraqueza alheia. Um dos modismos é a teoria do pensamento positivo.
O pensamento foi mencionado após a criação do homem em Gênesis (5:5), quando, após a queda, Deus viu “que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente”. Se os pensamentos eram maus, suas atitudes também o foram.
Ao longo dos séculos, muitos vultos da história da humanidade focaram o pensamento como uma força. Entre eles: Budha, afirmando que “tudo o que somos é o resultado de nossos pensamentos”; Winston Churchill, dizendo que nós criamos o nosso “próprio universo durante o caminho” (ou seja, a vida); W. Clement Stone, segundo o qual “qualquer coisa que a mente do homem pode conceber, também pode alcançar”; Einstein, para quem a imaginação era tudo, “uma visão antecipada das alterações da vida que virá”; Graham Bell, que não sabia dizer qual era “esse poder”, mas tudo o que sabia era que ele existia; Ralph Waldo Emerson, para quem "o pensamento comanda o mundo".
Nos provérbios de Salomão (4:23), o rei hebreu aconselha: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Por que devemos guardar no nosso coração? Porque dele, do que há dentro dele, resulta aquilo que vai interferir diretamente no nosso modo de vida, nas nossas convicções, na vida pessoal, social e profissional, no nosso caráter.
Em meu livro “A Arte da Guerra para Professores”, oriento nosso educadores nesse sentido, visando a valorização da classe, a melhoria de vida de nossos profissionais e a melhoria do ensino-aprendizado e do convívio aluno-professor na sala de aula. Falo sobre o domínio das emoções, sobre a vocação de fato, sobre o diálogo. Muitos dos problemas enfrentados por nossos professores e muitos dos problemas vividos na Educação procedem da maneira errada de pensar dos nossos profissionais, de se pensar a Educação no Brasil, conseqüência de uma cultura que precisa mudar. “A Arte da Guerra para Professores” não é um livro de auto-ajuda, mas pode servir como um ponto de partida para mudanças e busca de novas perspectivas.
Alguns chegam à heresia de afirmarem que pensamento positivo encontra-se em um texto bastante conhecido do apóstolo Paulo: “... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8). Entretanto, nem tudo que é tido como 'pensamento positivo' é honesto, justo, puro, amável.
Portanto, quando for mudar sua maneira de pensar, atente para isso. Pense coisas boas para você e para as outras pessoas, mas de acordo com a Palavra de Deus, não como a Ciência da Mente. O pensamento, conforme Lupicínio Rodrigues, “parece uma coisa à toa”, mas voamos quando começamos a pensar. Voe alto, mas voe com segurança. Muito cuidado: a mente/subconsciente não substitui Deus.
Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 04/07/2007
Alterado em 04/04/2011