Um gesto largo de socorro
Pelas águas dos rios caudalosos de outrora
Os restos do lixo do luxo são levados;
Rios já mortos, totalmente assoreados,
Carregando o mau cheiro sob um céu que chora.
Das verdes matas, estendidas mundo afora,
Muito caiu por terra, assim como os cerrados;
E a fumaça que sobe dos campos queimados
Ameaça o que resta da fauna e da flora.
No afã do progresso perdeu o bom senso
O homem, no seu ganancioso labor,
Que polui nossas águas e torna o ar denso.
Diante desse processo destruidor
A natureza tremula um branco lenço,
Num gesto largo de socorro ao Criador.
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* Poema publicado na 3ª Coletânea Poética do Guará (2012).
Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 11/12/2012
Alterado em 20/01/2016
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